Parece estranho utilizar a energia de um animal que se diz peçonhento para ancorar cura na consciência – pois este é o trabalho da vovó aranha.

A aranha teceu a teia que proporcionou aos humanos a prefiguração do alfabeto, que utilizou os ângulos de sua teia para formar as letras.

Os nativos Norte americanos honram a Mulher Aranha como a criadora e tecelã da teia da vida, a mãe, mestre e protetora de todas as criaturas.

A corça perguntou a aranha o que ela estava tecendo e porque as linhas que ela desenhava se pareciam com símbolos e a aranha respondeu: – Faço isto porque é chegada a hora dos filhos da terra apreenderem a registrar os progressos por eles obtidos em sua jornada na terra…

Foi assim que a aranha teceu o alfabeto primordial, da mesma forma que havia tecido também o sonho do mundo que se manifestara na realidade concreta milhões de anos atrás.

A aranha simboliza as infinitas possibilidades da criação. Suas oito patas representam os quatro ventos da mudança e as quatro direções da roda da cura, e o seu corpo tem o desenho do número oito com suas formas ovais ligados pela cintura (o oito no sentido horizontal, representa a leniscata símbolo do infinito).

A aranha tece o destino daqueles que caem em sua teia e tornam-se o seu jantar. Isto acontece a muitos de nós humanos que caem na teia da ilusão do mundo físico e são incapazes de ver o que existe além do horizonte ou em outras dimensões.

A teia da aranha são os fios invisíveis das nossas relações.

Na rede universal todas as coisas estão inter-relacionadas. Cada coisa faz do todo e só podemos entender cada uma em si quando conseguimos compreender a forma como se conecta com as demais partes deste uno.